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    Dança das cabaças

    Exu no Brasil

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    Dança das cabaças

    Produção
    Brasil / 2006
    Direção 
    Kiko Dinucci

    Sinopse do filme

    Trazido pelos escravos com outros Deuses do panteão Yoruba, Exu foi colocado à margem e passou por um processo de demonização que se inicia na missão católica na África e se estende no período colonial brasileiro, onde seus atributos originais foram ocultados.

    Exu que na África era caracterizado como o princípio da vida, a força que move os corpos, a dinâmica, o senhor dos caminhos e das encruzilhadas, a principal ponte entre os mortais e as divindades que habitam o além, passa a ser visto como a personificação do mal perante o modelo cristão, devido ao seu símbolo fálico e seu comportamento astucioso.

    O filme passa pelas diversas vertentes das religiões afro-descendentes, dos candomblés (de tradição Nagô, Gege, Bantu), Tambor de Mina, Umbanda e Quimbanda. Dança das Cabaças - Exu no Brasil conta com participações de Sacerdotes e estudiosos.

     

    Fonte: https://filmow.com/danca-das-cabacas-t59913/ficha-tecnica/

    Dança das cabaças: Exu no Brasil

    A riqueza da mitologia ioruba

    O filme é um documentário que alterna entrevistas com pessoas do cotidiano urbano de São Paulo, com pesquisadores do tema e com sacerdotes e membros de casas de santo. Além disso, conta ainda com cenas de cerimônias do candomblé de diferentes nações e de outras correntes religiosas de matrizes africanas. A base de informações do filme é centrada na oralidade, que se conjuga com o poético dos jogos de cenas harmonizados com trilhas sonoras estrategicamente selecionadas. Acreditamos que o filme com suas falas, imagens, sons e poética possa ser uma fonte de pesquisa legítima e rica para a ampliação dos estudos sobre as religiões de matrizes africanas e do orixá Exu, mais especificamente.

     

    A escolha de trabalhar com esse orixá é uma tentativa de apresentar uma visão de Exu menos estereotipada por sincretismos. Pelas falas de conhecedores do tema, expostas no filme, ou pela exposição de sua posição de primazia nas cerimônias do candomblé, principalmente em relação à comida, esperamos ressaltar a importância fundamental dessa divindade. Por isso acreditamos que compartilhando nossa análise estaremos contribuindo para a ampliação do debate sobre Exu, oferecendo mais um canal de informação e conhecimento, a fim de que se diminuam os equívocos e desconhecimentos que envolvem sua figura.

    "Vamos apresentar, de forma geral, o papel da comida no candomblé, mas também falar, mais especificamente, das iguarias de Exu. Mostrar a relação das comidas e das celebrações com Exu. Esperamos colaborar com a luta contra a intolerância religiosa e combater preconceitos em torno das religiões de matrizes africanas e especialmente contra a imagem da entidade."

    Capítulo EXU, AQUELE QUE TUDO COME: cinema, mitologia e comida no candomblé
    Lourence Cristine Alves, Francisco Romão Ferreira e Maria Claudia de Veiga Soares Carvalho
    Do livro Consumo, Comunicação e Arte, Série Sabor Metrópole, vol. 6.

    Sugestões de leitura

    Igbadu, a cabaça da existência: mitos nagôs revelados | A. Ogbebara

    OGBEBARA, A. Igbadu, a cabaça da existência: mitos nagôs revelados. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.

    Herdeiras do axé: sociologia das religiões afro-brasileiras | Reginaldo Prandi

    PRANDI, R. J. Herdeiras do axé: sociologia das religiões afro-brasileiras. São Paulo: Hucitec, 1996.

    Segredos guardados: orixás na alma brasileira | Reginaldo Prandi

    PRANDI, R. J. Segredos guardados: orixás na alma brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

    Os africanos no Brasil | Nina Rodrigues

    RODRIGUES, R. N. Os africanos no Brasil. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010.

    Os nagôs e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia | J. E. Santos

    SANTOS, J. E. Os nagôs e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. Petrópolis: Vozes, 2002.

    Fluxo e refluxo tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos dos séculos XVII a XIX | Pierre Verge

    VERGE, P. F. Fluxo e refluxo tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia de Todos os Santos dos séculos XVII a XIX. Salvador: Corrupio. 1987

    Os candomblés de São Paulo: a velha magia na metrópole nova | Reginaldo Prandi

    PRANDI, R. J. Os candomblés de São Paulo: a velha magia na metrópole nova. São Paulo: HUCITEC, 1991.

    O cinema ou o homem imaginário: ensaio de antropologia sociológica | Edgar Morin

    MORIN, Edgar. O cinema ou o homem imaginário: ensaio de antropologia sociológica. São Paulo: É Realizações, 2014.

    Mitologia dos orixás | Reginaldo Prandi

    PRANDI, R. J. Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001a.

    Comida de santo numa casa de Queto da Bahia | Olga Francisca Régis

    REGIS, O. F. Comida de santo numa casa de Queto da Bahia. Salvador: Corrupio, 2010.

    Caminhos de Odu | A. M. Rocha

    ROCHA, A. M. Caminhos de Odu. Rio de Janeiro: Pallas, 2001.

    Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo | Pierre Verger

    VERGER, P. F. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. Salvador: Corrupio, 1997.

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