Filmes em debate

    Image
    Image
    Image
    Image

    Man

    Um curta de animação de Steve Cutts que traz forte crítica ao modelo de consumo em pleno desenvolvimento no mundo atual.

    man-capa01.jpg

    Man

    Produção
    Reino Unido / 2012
    Direção
    Steve Cutts

    Sinopse do filme

    Animação criada em Flash e After Effects olhando para o relacionamento do homem com o mundo natural. Música: In the Hall of the Mountain King by Edvard Grieg.

    Desperdício e consumo

    O consumo de bens materiais ou simbólicos é marcante na sociedade contemporânea. E com ele, o descarte e o desperdício. Temáticas e conceitos relacionados à sociedade de consumo impõem-se, aparentemente, de modo naturalizado, embora nem sempre cristalino.

    Chama-nos atenção os usos e consumos que fazemos do que permeia nosso cotidiano. Esta é uma grande oportunidade para pensarmos a saúde, a cultura, as subjetividades e as moralidades da educação na escola e na vida.

    “Na atualidade, o conceito de consumo se caracteriza como lócus de indagação sobre as proposições teóricas ‘clássicas’ acerca da sociedade de massa, das culturas midiáticas e do fenômeno do consumismo, tornando-se fundamental refletir sobre as variadas ações e contextos: os modos de inserção, participação, educação e cidadania; as questões relativas ao mundo produtivo e do trabalho; as tecnicidades; as materialidades, mediações e medialidades; a articulação entre ética e estética; os projetos de desenvolvimento; as demandas por sustentabilidade; a construção das identidades dos sujeitos sociais; as memórias, narrativas, sensórios, sociabilidades e imaginários emergentes nas culturas midiáticas e do consumo” (p. 16)

    “Problematizar as práticas e o ciclo do consumo, na sua dimensão material e simbólica, significa enfrentar uma temática de complexidade, que entrelaça as dimensões estruturais da sociedade às experiências mais corriqueiras e ordinárias de nossa vida cotidiana” (p. 16)

    Trechos extraídos do capítulo
    “Culturas do Consumo, Corporalidades e Urbanidade como tecidos contemporâneos”
    ,
    do livro Corpo e consumo nas cidades, Série Sabor Metrópole, vol. 2, Editora CRV, 2014.

    Sugestões de leitura

    A Sociedade de consumo

    "À nossa volta, existe hoje uma espécie de evidência fantástica do consumo e da abundância, criada pela multiplicação dos objetos e dos serviços, dos bens materiais, originando como que uma categoria de mutação fundamental na ecologia da espécie humana." (p.15)

    Como explica Baudrillard (1995) "a felicidade constitui a referência absoluta da sociedade de consumo" (p.47).

    “O objeto perde a finalidade objetiva e a respectiva função, tornando-se [...] termo de todas as significações.” (p. 146)

    Trechos extraídos do livro
    BAUDRILLARD, J. A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70, 1995.

    Hiperconsumo

    “Apoiando-se na nova religião da melhoria continua das condições de vida, o melhor-viver tornou-se uma paixão das massas, o objetivo supremo das sociedades democráticas, um ideal exaltado em cada esquina. [...] Aparentemente nada ou quase nada mudou: continuamos a evoluir na sociedade do supermercado e da publicidade, do automóvel e da televisão. No entanto, nas duas últimas décadas, surgiu uma nova ‘convulsão’ que pôs fim à boa velha sociedade de consumo, transformando tanto a organização da oferta como as práticas quotidianas e o universo mental do consumismo moderno: a revolução do consumo sofreu ela própria uma revolução. Uma nova fase do capitalismo de consumo teve início: trata-se precisamente da sociedade de hiperconsumo”. (p. 7)

    “Queremos objetos ‘para viver’, mais do que objetos para exibir; compramos isto ou aquilo não tanto para ostentar, para evidenciar uma posição social, mas para ir ao encontro de satisfações emocionais e corporais, sensoriais e estéticas, relacionais e sanitárias, lúdicas e recreativas.” (p. 36)

    “O hiperconsumidor já não procura tanto a posse das coisas por elas mesmas, mas, sobretudo, a multiplicação das experiências, o prazer da experiência pela experiência, a embriaguês das sensações e das emoções novas” (p. 54)

    "Consumo emocional" (p.45), propicia "experiências afetivas, imaginárias e sensórias" (p.45)

    A relação do consumidor com as marcas e com os signos do consumo, "psicologizou-se, desinstitucionalizou-se, subjetivou-se" (p.49).

    Trechos extraídos do livro
    LIPOVETSKY, G. A felicidade paradoxal - Ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

    Descarte e desperdício

    “Entre as maneiras com que o consumidor enfrenta a insatisfação, a principal é descartar os objetos que a causam. A sociedade de consumidores desvaloriza a durabilidade, igualando ‘velho’ a ‘defasado’, impróprio para continuar sendo utilizado e destinado à lata de lixo. É pela alta taxa de desperdício, e pela decrescente distância temporal entre o brotar e o murchar do desejo, que o fetichismo da subjetividade se mantém vivo e digno de crédito, apesar da interminável série de desapontamentos que ele causa. A sociedade de consumidores é impensável sem uma florescente indústria de remoção de lixo. Não se espera dos consumidores que jurem lealdade aos objetos que obtém com a intenção de consumir” (p. 31)

    “Entre as preocupações humanas, a síndrome consumista coloca as precauções contra a possibilidade de as coisas (animadas ou inanimadas) abusarem da hospitalidade no lugar da técnica de segurá-las de perto, da vinculação e do comprometimento de longo prazo (para não dizer interminável). Também encurta radicalmente a expectativa de vida do desejo e a distância temporal entre este e sua satisfação, assim como entre a satisfação e o depósito de lixo. A ‘síndrome consumista’ envolve velocidade, excesso e desperdício” (p. 111)

    Trechos extraídos do livro
    BAUMAN, Z. Vida para consumo – A transformação das pessoas em mercadoria. Rio de Janeiro: Zahar, 2008

    Videos relacionados

    Entrevistas e Palestras

    Ativar a tradução automática de legendas para o português.

    Documentários e curtas

    Temas de Alimentação e Nutrição
    para as disciplinas escolares
    Geografia

    Geografia

    O consumo e os seus impactos na cidade, especialmente sob o viés da alimentação, promovendo articulações entre questões de identidade e de globalização que atravessam, a partir do movimento das migrações, a cultura, o gosto e a comensalidade. 

    Biologia

    Biologia

    Sustentabilidade e consumo consciente envolvem as questões sobre o uso mais racional dos recursos naturais, reaproveitamento de alimentos e de materiais e os impactos na vida das pessoas e na saúde do planeta.

    Matemática

    Matemática

    Cálculos relativos a oferta de alimentos, consumo e desperdício, incluindo debates sobre implicações acerca do ambiente.

    Português

    Português

    Ingestão, gasto, dispêndio, o que se consome, setor da ciência econômica que se ocupa da aquisição de bens e serviços. A multiplicidade de sentidos e significados da palavra consumo definindo o seu lugar em cada contexto.

    Física

    Física

    O desperdício como perda de capacidade de transformação da energia proveniente dos alimentos em realizações, inclusive considerando a possibilidade de vínculo entre esse fenômeno físico e aspectos sociais relativos à função da produção em massa.

    Química

    Química

    O preparo de alimentos que podem ser estocados, o investimento em tecnologias que permitam diminuir a geração de resíduos e reutilizar os materiais em desuso e a compostagem, técnica que reutiliza restos orgânicos, como sobras de alimentos em geral, são alguns exemplos de como a química está presente em nosso cotidiano.

    Você tem sugestões para temas e disciplinas? Envie para nós.

    Material de Apresentação

    Image

    Curso de Formação
    "Cinema e Comensalidade na Escola"

    Tópico: Desperdício e Consumo
    "A sociedade de consumo tem em seu bojo uma cultura do lixo, cultura essa que não atinge somente os objetos consumidos, mas também o processo de produção, cada vez mais ligado com a descartabilidade e com a novidade."

    Zygmunt Bauman
    nectar-horiz-branco-sombra2.png

    NECTAR - Instituto de Nutrição  - UERJ 
    Rua São Francisco Xavier, 524 
    Pavilhão João Lyra Filho, 12º andar,
    bloco E, sala 12.007
    Cep: 20559-900 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil 
    Tels.: (21) 2334-0679 ou 2334-0722, Ramal 220
    nectar.uerj@gmail.com

    uerj_branco3.png
    logo-nutricao_branco6.png
    ppgans-branco.png
    © 2018 Néctar.