“Sendo possível o uso do cinema como o lugar-de-olhar que nos revela relações sociais dos mais variados tipos, entendemos que as vias para se olhar essas relações são muitas e diferenciadas, posto que toda complexidade do fazer cinemático constrói ´retratos sociais’ de percepções do real de distinta natureza” (p.19)

“O cinema, para nós, é como uma intercessão, um ponto de encontro que nos permite pensar as diferentes dimensões da comensalidade na vida social, e a comida é o nosso fio condutor” (p.27).

“Somos da opinião que a aceitação do filme como memória é a forma mais correta e produtiva para usar o filme em investigação social. Quer se apresente como documentário ou ficção, quer se refira a um tempo anterior ao da sua produção, ou tenha por contexto diegético a própria contemporaneidade, deve ser sempre a vertente mnésica a ser relevada, assumindo-se como narrativa que através do enredo criado discursa preferencialmente sobre o presente em que foi concebido” (SEABRA, 2014, p. 40)

SEABRA, J.H, S. Cinema: tempo, memória, análise. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014.

“É exatamente nesse sentido que pretendemos caminhar: o cinema é memória que possibilita perceber a criação discursiva por via de sua montagem” (p. 314).