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    A Festa de Babette

    Uma comensalidade sensível e romântica

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    Babettes gæstebud

    Produção
    Dinamarca / 1987
    Direção
    Gabriel Axel

    Sinopse do filme
    Dinamarca, século XIX. Filippa (Bodil Kjer) e Martine (Birgitte Federspiel) são filhas de um rigoroso pastor luterano. Após a morte do religioso surge no vilarejo Babette (Stéphane Audran), uma parisiense que se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhou um grande prêmio na loteria e se oferece para preparar um jantar francês em comemoração ao centésimo aniversário do pastor. Os paroquianos, a princípio temerosos, acabam rendendo-se ao banquete de Babette.

    fonte: adorocinema.com

    A Festa de Babette: uma comensalidade sensível e romântica

    “A produção franco-dinamarquesa A Festa de Babette (1987) [...] constrói com delicadeza um jantar minuciosamente planejado que nos remete aos apetites realizados à mesa em torno da sensibilidade e do amor platônico” (p. 31).

     

    Um vilarejo protestante da Jutlândia


    “A narrativa do filme retoma a crise na história dos países europeus, decorrente dos movimentos liberais e nacionalistas em meados do século XIX, envolvendo a guerra franco-prussiana com a queda de Napoleão III e do sistema monárquico francês [...] As cenas de comensalidade no filme se orientam por encontros idealizados e fraternais entre os moradores do vilarejo, contrapostos à luxúria e ao poder das cidades e, nesse sentido, consolida um comer que opera como uma ancoragem para os rearranjos dos elementos simbólicos em torno dos sentimentos das personagens diante dessas diferenças. A mesa onde se reúnem para comer se desdobra como espaço sagrado da experiência com o pastor protestante, em um clima religioso que entrelaça comida e sujeitos devotos. Ao longo do filme, cresce a sistematização de uma narrativa para seu desenlace central em uma festa que Babette prepara com alta gastronomia para comemorar o centenário de aniversário do falecido pastor” (p. 32).

    A magia da comensalidade

     

     “Babette aproxima o apetite físico do prazer espiritual [...] A cena final dos comensais cantando e dançando no centro da aldeia remete à vitória dos rituais pagãos dos banquetes sobre a austeridade e sobriedade religiosa, o prazer da comensalidade venceu a razão e a doutrinação” (p. 40).

    "A mesa onde se reúnem para comer se desdobra como espaço sagrado da experiência."

    Capítulo
    "A Festa de Babette: uma comensalidade sensível e romântica",
    do livro Cinema e Comensalidade II, Série Sabor Metrópole, vol. 8, Editora CRV, 2017.

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