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    Highlander. O guerreiro Imortal

    Notas sobre tempos, memórias e maçãs

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    Highlander. O guerreiro imortal

    Produção
    Estados Unidos e Reino Unido / 1986
    Direção 
    Russell Mulcahy

    Sinopse do filme

    Connor MacLeod (Christopher Lambert), um guerreiro escocês do século XVI, imortal e, após algum tempo, encontra Juan Ramirez (Sean Connery), imortal como ele. Ramirez o ensina a manejar uma espada, pois a única forma de matar um imortal é cortando sua cabeça. Após alguns séculos, surge um inimigo, imortal como ambos, que pretende decapitar Connor, para se tornar o único imortal da face da Terra.

     

    Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-29586/

    Highlander. O guerreiro imortal: notas sobre tempos, memórias e maçãs

    Enquanto a técnica expande as fronteiras do espaço-tempo, apequena-se a política do espírito.

    A maçã, no imaginário ocidental, é associada principalmente às representações de desejo, conhecimento, poder. Remete, evidentemente, à narrativa edênica, na qual, desobedecendo a ordem divina ao ceder às provocações da serpente, Eva come do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal e o oferece a seu companheiro Adão. A exegese bíblica erudita já arriscou delimitar qual o tipo de poder/saber residiria no fruto. Hoje em dia os estudiosos têm preferido, acertadamente, ater-se ao contexto histórico e textual, evitando incorrer em especulações. Ou seja, importa mais para a compreensão geral da narrativa que a humanidade de forma deliberada ultrapassou o limite claramente estabelecido pela divindade em busca de controle e autonomia sobre seu próprio destino.

    O importante, nesse ponto, é sublinhar como a produção do longa utilizou o caráter cenográfico da linguagem alimentar, neste caso a maçã, para evocar, no contexto do filme, elementos que articulam esse imaginário presente nas sociedades atuais.

    "É difícil não perceber no filme uma crítica à ambição por poder e realizações unicamente pessoais, típicas das sociedades burguesas e do capitalismo do final do século, como elemento que destrói, afasta e isola."

    Capítulo NOTAS SOBRE TEMPOS E MEMÓRIAS
    Felipe Rabelo Couto
    Do livro Cinema e Comensalidade 3 Série Sabor Metrópole, vol. 9.

    Sugestões de leitura

    Tempo e história | A. Novaes

    NOVAES, A. (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

    Hamlet, Rei Lear, Macbeth | William Shakespeare

    SHAKESPEARE, W. Hamlet, Rei Lear, Macbeth. São Paulo: Abril, 2010.

    Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais | Tomaz Tadeu da Silva

    WILDE, O. O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Abril, 2010.

    A memória coletiva | Halbwachs

    HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2004.

    Conta de mentiroso: sete ensaios de antropologia brasileira | Roberto DaMatta

    DAMATTA, R. Conta de mentiroso: sete ensaios de antropologia brasileira. Rio de Janeiro: Rocco, 1993..

    Costumes em Comum | E. P. Thompson

    THOMPSON, E. P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

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